quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O post mais longo do ano! Ou não...


Fico triste de não conseguir escrever aqui no blog o quanto gostaria. Penso, inclusive, no quanto me seria útil uma ferramenta capaz de traduzir, num imediatismo perfeito que só, meus pensamentos em textos facilmente editáveis em qualquer editor de texto.

(Mesma frase contendo tantas quase repetições? Ah, moleque!)

Inclusive, um dos posts que estão na "bala da agulha" para serem postados se refere exatamente a um paliativo tipo de tecnologia super avançada de preservação / manutenção / acervo da minha memória efêmera: o celular.

Pela primeira vez possuo um aparelho capaz de registrar falas dignas de serem postadas aqui, e isso com excelente facilidade de ativação e acesso, além da boa qualidade do material gravado. Já havia tentado antes fazê-lo com badulaques do tipo MP3 Players, mas sem o conforto necessário para uma preservação do distanciamento do pensamento em relação ao suporte.

Para quem não entendeu, é o seguinte: gravar minhas falas em um MP3 Player "chinês" implica em uma série de manobras necessárias para ativar o sistema de gravação do aparelho. Até conseguí-lo, subjetivamente eu já ficava razoavelmente condicionado ao fato de estar gravando minha voz, o que acabava inserindo no processo um nível metalinguístico maior do que o desejado.

A lógica é parecida com a da adoção de uma performance específica, subjetiva e não natural, por parte de sujeitos entrevistados com uma câmera apontando para sua fuça. Mais ou menos isso. E o bacana do meu celular é que, com apenas dois "cliques", o gravado de áudio já está acionado. Perfeito!

Mas dois novos problemas passam a me incomodar a partir da aclamada então solucionática:

1) Em qual ambiente e qual o nível de privacidade eu terei para registrar em voz alta meus devaneios?

2) Qual a possibilidade de minha voz conseguir alcançar a velocidade dos meus pensamentos?

Sobre essas questões tratarei no próximo post. De alento, fica apenas o fato de que cientistas descobriram recentemente, por meio de exames no cérebro ainda conservado "em conserva" de Albert Einstein, que o renomado físico possuía a mesma dificuldade de traduzir em palavras o que pensa. Ou melhor, possuía a mesma qualidade de pensar mais rápido do que sua fala ou escrita pudessem acompanhar.

Boa noite.