segunda-feira, 16 de julho de 2012

O ovo do ritmo.


Por isso o ritmo é o código mais forte de qualquer gênero musical. 


É vivo, vem do corpo. O ritmo só nos nos faz balançar o corpo por deste ter saído, para então ser aprisionado e codificado.


Não precisamos de nenhuma alfabetização musical para compreendê-lo, senti-lo e reproduzi-lo.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Saudade é coisa que dá e volta


Acabo de descobrir um app do blogspot para celular. Deve ser antigo, mas eu, enquanto um amante nada dedicado das novas tecnologias, apenas descobri agora.

E me deu saudade do período curto em que eu conseguia publicar por aqui.

Como saudade é coisa que nunca se vai, saudadei outras coisas e mais.

Saudade de quando eu digladiava com formigas assassinas. De quando fazia sala para mariposas desamparadas. De como conseguia tornar palitos de dentes em espetinhos de tatus-bolinha. De quando esmagava, sem querer, um ou outro pintinho que cruzava meu caminho nas batalhas travadas contra as árvores diabólicas; as armas - cabos de vassoura cuidadosamente esculpidos em forma de lanças mortais.

Mas saudade é coisa que dá e volta.

Parafrasearei o meu mais famoso jargão, um dia atribuído a um poeta e a um maestro, o qual ainda fora surrupiado por um baiano que foi tido como o pai da bossa-nova (se a SOPA já tivesse sido aprovada...): CHEGA DE SAUDADE! Por hoje. Se dormir agora, ainda conseguirei correr na beira do ribeirão amanhã antes do trabalho.

Sobre a necessidade de uma vida leve



A vida deve ser leve.
Se leve não estiver, faça dieta.

domingo, 6 de novembro de 2011

Barba

Alguns nasceram para ter barba.
Algumas também.

Eu já nasci com.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

E o boletim dos estudiantes?



Se o relógio do meu
laptop estiver certo, agora são 23H57 de uma quarta, 15 de fevereiro de 2011. Belo Horizonte vive um dia quente, com o Cruzeiro disputando partida pela Libertadores e a PBH lançando uma campanha publicitária referente à volta do Boletim Escolar nas escolas municipais. Campanha estrelada pela excelente Fernanda Takai, mas que, no vídeo, e enquanto contratada, apenas parece estar alí, mas demonstra torcer para o "outro lado".

Mas torcer para qual lado? Ou melhor, ou também, tomar qual partido? O Cruzeiro, time da Fernanda, jogou hoje com o Estudiantes. Venceu de "mão cheia", termo bem típico do radialismo esportivo (não só) mineiro.

Enquanto os nossos "estudiantes" voltam a ter boletim, e com isso não podem mais esconder dos pais o seu desempenho escolar, a sua "nota", o time argentino não conseguirá esconder de ninguém sua tamanha previsibilidade e seu fraco desempenho na partida. Claro, sem tirar o mérito da equipe celeste (Celeste? É isso mesmo, produção?).

                                                                           ***

Saindo de uma aula de..., fui com um amigo a um bar no Anchieta para tomar um chopp e comer brócolis com alho e picanha. Eu, enquanto brasileiro apaixonado por futebol, escolhi um bar que transmitisse a partida. Antes do final do primeiro tempo meu amigo foi embora. Aproveitei a deixa e pedi a conta. 

Mas acontece que eu, enquanto brasileiro apaixonado por futebol, cheguei a dar uma volta nos quarteirões ("nos" mesmo, já que no Sion / Anchieta é impossível dar a volta em "um" quarteirão) em volta do bar pensando se assistiria ou não o segundo tempo, mesmo estando Forever Alone e se tratando de um jogo que nem é do meu time.

Segui para casa, mas é lógico que eu, enquanto brasileiro apaixonado por futebol, parei em um bar tosco no Calafate e me sentei para assistir ao restante da partida. Na mesa ao meu lado, quatro cruzeirenses comentavam sobre como o time deles era uma seleção, blá-blá-blá, pi-ri-ri-po-rô-rò, até que um pergunta:

" - E a nova camisa da seleção (no caso, o sujeito se referia ao próprio Cruzeiro, que jogava a primeira partida com a nova camisa), o que vocês acharam?"

 Em coro:

" - Linda!"


Aí um deles começou a comentar sobre camisas de "outras" seleções, até que um fez o favor de proferir:

" - Estes caras que usam camisas de outro time, pra mim só tem uma explicação: é tudo pateticano que não tem título e fica usando camisa dos outros!".

 Em coro:

" - É mesmo!"


Papo vai, papo vem, e outro comenta:

" - Cento e tantos pau numa camisa do Cruzeiro? Numa camisa de time? Não pago nem fudenu! Prefiro comprar no Shopping Oi uma de trinta conto!"

E outro diz:

" - Ah, pode até parecer original, mas não dura nada!"

E a resposta:

" - Dura sim, uai! Camisa de time a gente usa só de vez em quando mesmo...".


PS.: Se abaixo não tiver nenhum comentário, é simplesmente pela falta de necessidade.

FIM



 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Feira de São Joaquim


Post imagético.

Significa que não poderei escrever? Quase. Na verdade, hoje foi um dia daqueles, agitados como o sujeito semi-pressa não costuma curtir muito. Agora, já tarde da noite, o sono bate e eu aqui, lutando contra ele. Mas por qual motivo, já que estou cansado? Agora que consigo realmente relaxar, acredito que, dormindo, eu não aproveitarei o momento - por mais que precise dormir.

Poder curtir o descanso invariavelmente me faz lembrar da vida em terras soteropolitanas. Abaixo algumas fotos que ativam queridos fragmentos de minha memória. Fragmentos que, assim como eu, preferem poder descansar boa parte do tempo para serem eficientes quando convocados.

Fiz estas fotos na Feira de São Joaquim, em Salvador. Um lugar espetacular, diferente de qualquer outro mercado que já vi, e o qual eu fazia questão de apresentar aos que de fora iam passear por lá e com disposição para realmente compreender do que é feita aquela cidade. Ah sim, era lá também que eu comprava as melhores lambretas, siris, camarões, etc. Mas é um lugar abandonado pelo Estado, pela vigilância sanitária, pelas rotas depreciativas daquele tipo de turismo mais invasivo culturalmente, mas que, exatamente por isso tudo, consegue conservar uma precariedade estética agressiva, chocante em alguns momentos, mas de autenticidade inabalável.

Gostaria que as fotos fossem realmente capazes de transportar um pouco disso.

Ah sim, eu adoro estragar as fotos com Photoshop.




















 


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O post mais longo do ano! Ou não...


Fico triste de não conseguir escrever aqui no blog o quanto gostaria. Penso, inclusive, no quanto me seria útil uma ferramenta capaz de traduzir, num imediatismo perfeito que só, meus pensamentos em textos facilmente editáveis em qualquer editor de texto.

(Mesma frase contendo tantas quase repetições? Ah, moleque!)

Inclusive, um dos posts que estão na "bala da agulha" para serem postados se refere exatamente a um paliativo tipo de tecnologia super avançada de preservação / manutenção / acervo da minha memória efêmera: o celular.

Pela primeira vez possuo um aparelho capaz de registrar falas dignas de serem postadas aqui, e isso com excelente facilidade de ativação e acesso, além da boa qualidade do material gravado. Já havia tentado antes fazê-lo com badulaques do tipo MP3 Players, mas sem o conforto necessário para uma preservação do distanciamento do pensamento em relação ao suporte.

Para quem não entendeu, é o seguinte: gravar minhas falas em um MP3 Player "chinês" implica em uma série de manobras necessárias para ativar o sistema de gravação do aparelho. Até conseguí-lo, subjetivamente eu já ficava razoavelmente condicionado ao fato de estar gravando minha voz, o que acabava inserindo no processo um nível metalinguístico maior do que o desejado.

A lógica é parecida com a da adoção de uma performance específica, subjetiva e não natural, por parte de sujeitos entrevistados com uma câmera apontando para sua fuça. Mais ou menos isso. E o bacana do meu celular é que, com apenas dois "cliques", o gravado de áudio já está acionado. Perfeito!

Mas dois novos problemas passam a me incomodar a partir da aclamada então solucionática:

1) Em qual ambiente e qual o nível de privacidade eu terei para registrar em voz alta meus devaneios?

2) Qual a possibilidade de minha voz conseguir alcançar a velocidade dos meus pensamentos?

Sobre essas questões tratarei no próximo post. De alento, fica apenas o fato de que cientistas descobriram recentemente, por meio de exames no cérebro ainda conservado "em conserva" de Albert Einstein, que o renomado físico possuía a mesma dificuldade de traduzir em palavras o que pensa. Ou melhor, possuía a mesma qualidade de pensar mais rápido do que sua fala ou escrita pudessem acompanhar.

Boa noite.